“Mergulhando no Oceano da Misericórdia Divina VIII” – Lc 6, 36-38
Irmão(a)s na oitava noite desta novena, apresentamos a Jesus misericordioso, as almas dos fiéis falecidos, para que por sua misericórdia alcancem o perdão de seus pecados e uma vez redimidos, alcancem o convívio dos santos.
Jesus, como ouvimos, anuncia que Deus é Pai misericordioso. Na verdade Jesus é a encarnação da misericórdia do Pai. Jesus ainda exige que façamos como ele, e, reproduzamos em nossos gestos e atitudes a própria misericórdia do Pai.
Para isso, lembra-nos a oração do Pai nosso: “Perdoai-nos como também nós perdoamos”. A misericórdia dada faz-nos abrir o coração (córdia) para quem está na miséria (mísera) de seu erro e de suas necessidades.
Os termos “não levo desaforo para casa” não têm cabimento para quem contempla a situação miserável do outro. Nós também não erramos? Por que não abrir-nos para darmos a mão a quem caiu?
Se cultivássemos e colocássemos em prática a misericórdia, teríamos mais compaixão para com as pessoas caídas pelas miserabilidades da vida. Pensaríamos mais nos outros. Trabalharíamos para a inclusão dos mais frágeis na vida comunitária e social.
Amados irmão(a)s o Reino de Deus começa no dia em que Jesus anuncia que Deus é Pai misericordioso. Por isso confiamos a Ele nossos irmãos falecidos, de modo particular aqueles que morreram sem tempo de experimentar o arrependimento, para que, uma vez purificados pelo fogo do amor, possam contemplá-lo face a face.
Peçamos a Jesus que por sua infinita misericórdia nos ensine a viver e a compreender a profundidade de seu evangelho. Isso só será possível se mergulharmos sem reservas, no infinito oceano da misericórdia. Amém!
Frei Edmilson Borges de Carvalho O Carm