“Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jô 8,12). “As nações caminharão à sua luz e os reis da terra levarão a ela a sua glória” (Ap 21,24). Sua luz se refere ao cordeiro, portanto novamente a Jesus Cristo. Precisamos ter muito clara a posição oficial da Igreja: Deus é a luz e ele criou a luz para o mundo.
Com a vinda de Jesus ao mundo e com a realização do plano eterno da redenção, Deus o colocou como a coluna angular, como símbolo único, como o ímã de atração para todo o universo, de modo muito especial, para o homem e a mulher.
Desde Pentecostes, quando o homem passou a entender toda a dimensão da obra redentora do salvador, essa luz, Jesus, iluminou milhões e milhões de corações, que aderiram parcial ou plenamente o plano de Deus. A luz tênue como o amanhecer, suave como a brisa do anoitecer, mansa como as ondas de um lago, continua e continuará a bater à porta do coração humano até o último suspiro de cada um.
O seguimento de Jesus se tornou uma conversão absolutamente total e completa tanto que muitíssimos batizados deram tudo de si, inclusive a própria vida por amor ao Reino de Deus. Tal entrega, faz com que centenas de cristãos, nos primeiros séculos, fossem martirizados.
Passaram-se dois milênios e o convite continua a chamar a muitos para a conversão e evangelização.
Hoje a consciência de uma grande parcela de batizados entende que precisa ser o sujeito da história. O cristão mais consciente não aceita mais uma vida passiva, mas quer ser pessoa ativa, tendo três grandes metas. O primeiro e principal objetivo do cristão é o de crescer na graça de Deus, procurando gradativamente a sua santidade. “Sede perfeitos, portanto, como o Pai celeste é perfeito.” (Mt 5,48). Esta caminhada dura toda a vida de cada cristão. A preocupação com a vida eterna deve ser a verdadeira razão de cada cristão (ã).
Uma segunda motivação do cristão consciente e que faz um verdadeiro encontro com o Senhor, será de levar esse dom, essa graça, essa esperança a todos quantos cruzarem o seu caminho.
Ninguém pode guardar para si o dom da Boa Nova e a esperança na vida eterna. É preciso, pois, evangelizar a todos. Por terceiro, a glória de Deus. Mesmo que a nossa fragilidade, o nosso pecado, as nossas imperfeições nos tornem distantes e incapazes de um gesto digno de Deus, Ele aceita nossos atos de amor, de entrega, de louvor e de gratidão.
Que a luz de Jesus Cristo, ilumine nossa vida e a vida de tantos, a quem Deus ama e chama pelo nome.
Diácono Pedro Carbonera