5º Dia: Santa Teresinha: o combate com a cruz!
Motivação: É claro que Teresinha não pode sair do seu mosteiro, mas seu campo de batalha foi lá, dentro de seu Carmelo e sua espada foi o amor. Foi aí, com suas orações e sacrifícios que ela combateu como sempre desejou: combateu com o estandarte da Cruz. Iniciemos a poderosa novena das rosas de Santa Teresinha do Menino Jesus, cantando!
Homilia
Teresinha não pode sair do seu mosteiro. O seu campo de batalha (combate) foi lá, dentro de seu Carmelo, junto com suas co-irmãs; e sua espada foi o amor; o amor era a sua vocação: “no coração da Igreja eu serei o amor”. Foi no Carmelo, com suas orações e sacrifícios que ela combateu como sempre desejou: combateu com o estandarte da Cruz.
A vida comunitária tem seus desafios e desacertos mais é uma graça muito grande na vida da gente. É fonte de sofrimento sim, mas também é fonte genuína de crescimento humano e espiritual. Isso não é teoria, meus irmãos, é a mais pura verdade! Quantos santos e santas o Carmelo deu à Igreja? Muitos! Esta santidade só foi alcançada no assumir o desafio de viver a fraternidade.
Como Teresinha, a nossa vocação é o amor. E como ensina o Papa Bento “não há amor sem sofrimento, sem o sofrimento da renúncia de si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade.” Por isso é necessário enxergar os fracassos, as crises e as dificuldades na ótica da cruz.
Em uma de suas cartas a sua Irma Leonia, Teresinha ensina que é preciso saber aceitar a cruz pensando no amor de Jesus e saber aproveitar as pequenas cruzes como preparação e exercício para as grandes: “[…] Sei que os sacrifícios não deixam de a acompanhar. Sem eles, seria meritória a vida religiosa? Não, não! Pelo contrário, são as pequenas cruzes que constituem toda nossa alegria. São mais frequentes que as grandes e preparam o coração para as receber quando esta for a vontade de nosso Bom Mestre”.
Meus irmãos e irmãs, onde não houver algo pelo qual valha a pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor. Olhe para a vida de Santa Teresinha. Ela era de carne e osso. Olhe para suas co-irmãs. Quantos limites! E Deus fez nela maravilhas.
Os momentos críticos constituem um aprendizado. Essa foi a experiência de Moisés, Elias e até de Jesus. Esta foi a experiência de Teresinha! Ela aprendeu a encontrar os sinais de Deus na aridez da vida, a ouvi-lo nos vendavais e a esperá-lo durante a noite.
Teresinha, com o seu testemunho, questiona a atitude dos que se refugiam numa religiosidade alienada, que busca reter Deus no limite do que lhes dá consolo e prazer. Ora, “nem sempre a espiritualidade é brisa. Às vezes, é tempestade”. Com isso não se canoniza o sofrimento. Mas reconhece-se: onde não houver algo pelo qual valha a pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor.
Frei Edmilson Borges de Carvalho O Carm