7° Dia: 19.09 – Santa Teresinha: o combate com Maria
É claro que Teresinha não pode sair do seu mosteiro, mas seu campo de batalha foi lá, dentro de seu Carmelo e sua espada foi o amor. Foi aí, com suas orações e sacrifícios que ela combateu como sempre desejou: combateu com a ajuda de Maria.
Homilia
Teresinha não pode sair do seu mosteiro, seu campo de batalha foi dentro do Carmelo e sua espada foi o amor. Foi aí, com suas orações e sacrifícios que ela combateu como sempre desejou: combateu com a ajuda de Maria, que para ela era mais mãe do que rainha. Ela dizia: “Sabemos muito bem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da terra, mas ela é mais Mãe do que Rainha”.
A devoção de Teresinha para com Maria é filial e, por isso, delicada, generosa, desinteressada e amorosa. Ela chegava a afirmar que Maria era menos feliz que nós. Sabe por quê? Porque “o que Maria possui mais do que nós, é que ela não podia pecar, estava isenta da mancha original; mas, por outro lado, teve muito menos sorte que nós, porque não teve uma Santíssima Virgem para amar. É uma grande doçura a mais para nós e uma doçura a menos para ela!”
A devoção teresiana a Virgem Maria é marcada pela simplicidade. Maria é simples e teve uma vida na terra marcada pela simplicidade. Teresinha insurge contra os pregadores que exaltam tanto Maria que preferimos ficar distante de uma senhora tão elevada. Nossas orações a Maria devem ser feitas como um filho que pede e conversa com a sua mãe querida. Ela falava: “Para que um sermão sobre Maria me agrade e me faça bem, preciso que veja sua vida real, não uma vida suposta; e estou certa de que sua vida real era muito simples”.
Outra característica da devoção mariana em Santa Teresinha era a forte confiança na intercessão maternal de Maria. Ela confiava e insistia que tivéssemos essa mesma confiança irrestrita em Maria. Devemos entregar a ela nossos pedidos, pois ela sabe melhor como apresentá-los ao Filho. Já prostrada pela tuberculose, dizia: “Gostaria de ter uma bela morte… Foi o que pedi à Santíssima Virgem. Não pedi ao Bom Deus, porque quero deixá-lo livre de fazer o que quiser. Pedi a Nossa Senhora afinal ela sabe se deve ou não passá-los ao filho. A Santíssima Virgem transmite muito bem os meus recados; vou dar-lhe outros mais uma vez! Diz para Ele não se incomodar comigo. […] Abandono-me e fico feliz apesar de tudo”.
A última característica do relacionamento de Santa Teresinha com Nossa Senhora é a constância. Ama Maria em todos os momentos, em todas as situações, mesmo quando tudo pareça ser contra nós ou que a Mãe de Deus parece não dar nenhuma atenção.
Que possamos como Teresinha, cultivar um relacionamento simples, confiante, de abandono, amoroso nos braços de Nossa Senhora. Dirigir-nos a Maria como filhos cheios de confiança, afinal, ela também é nossa companheira nos combates da vida!
Frei Edmilson Borges de Carvalho O Carm
Frei Edmilson, O. Carm.